Em uma época muito distante, quando a Terra era habitada por grandes animais mamíferos e predadores, cobertas por imensas selvas e savanas, desertos, montanhas e mares infinitos, um gênero de primata começava a sua odisséia evolucionária de abandono da vida arbórea para conquistar o planeta. Este gênero, Homo, possuidores de singulares características biológicas, rapidamente ultrapassou os limites dos “conjuntos fenomenológicos” da natureza que condicionam a vida em todos os diversos níveis do espectro biológico e desenvolveu um outro “conjunto de fenômenos”. O desenvolvimento do telencéfalo e polegar opositor proporcionaram capacidade de articulação de ações e manipulação de materiais diversos, tornando a relação deste animal com o ambiente diferenciada dentre todos os outros. Estes caracteres biológicos conferiram enorme capacidade de colonização e novas relações começaram a se desenvolver, constituindo-se em aspectos importantes no desenvolvimento da garantia e manutenção de estruturas sociais (estabelecimento de comunicação simbólica, organizações sociais sanguíneas, familiares etc.).
Várias relações podem ser mensuradas entre a espécie humana, com a natureza e entre si, sendo em sua maioria relações desarmônicas o que vem causando muitos prejuízos ao planeta para manter a estrutura da sociedade capitalista. Após as grandes transformações vividas no inicio do século XX, com a chamada revolução industrial, o modo de produção de condições de sobrevivência das populações humanas baseadas em relações de exploração potencializou a produção do excedente, o que trouxe profundas e rápidas modificações no planeta. Este modo de existência altamente instável, formado por ciclos temporais que se iniciam sempre com alta produtividade e se encerram com crises de superprodução, nas quais os bens produzidos, não podendo ser consumidos, são destruídos por meio de guerras, culminando em drástica redução da vida nas regiões onde ocorrem e no último século ganhou proporções catastróficas.
Cada vez mais, o debate sobre a necessidade de reavaliar a relação que o homem estabelece com a natureza se torna necessário. A concepção desenvolvimentista das sociedades humanas dos últimos 50 anos associou a necessidade dos avanços tecnológicos (caracterizada pela transformação dos recursos naturais em produtos energéticos, de infra-estrutura e transporte, alimentícios, lúdicos entre outros) ao desenvolvimento do “bem estar social”.
O Simpósio de Políticas Publicas e Ambientais (SIMPPA) organizado pelo Diretório Central dos Estudantes do CESI/UEMA e os CA's de Química, Biologia, História, Matemática, Pedagogia e DA de Letras, em sua segunda edição surgiu a partir do I Simpósio de Políticas Públicas e Ambientais do DCE conjuntamente com a Jornada de Meio Ambiente e será realizado na cidade de Imperatriz, entre os dias 18 e 23 de Maio de 2009. O evento ocorrerá na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), instituição que, completados seus 26 anos de fundação, conta com estrutura e materiais humanos necessários à realização de um evento deste porte. O Simpósio tem tudo para se tornar um espaço de diálogos e principalmente ponto de convergência dos estudantes da UEMA/CESI e de outras universidades, todos interessados em discutir e trocar informações sobre as diferentes realidades sociais, educacionais, ambientais, econômicas e culturais, debatendo as questões políticas relacionadas a cada temática.
Com o tema “Educação, Sociedade e Natureza”, o SIMPPA busca promover o debate sobre a integração homem-natureza e o papel da educação como elo para esta integração. Expandindo todo o conhecimento necessário e com isso ampliando seus horizontes de participação política e acadêmica, o evento torna-se parte ampla das atividades dos Centros Acadêmicos, e claro do Diretório Central dos Estudantes, entidade que congrega os dez Centros Acadêmicos da UEMA /CESI.
Em sua esfera local, o SIMPPA é de responsabilidade da Comissão Organizadora (COSIMPPA), composta, como se verá, de estudantes do estado do Maranhão, encarregados de fazer com que o evento atinja seus objetivos e se realize de maneira satisfatória.
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